top of page

Escolas do Legislativo: democracia que se aprende na prática

  • Foto do escritor: Bruno Antoninus
    Bruno Antoninus
  • 16 de set.
  • 2 min de leitura


Por Paulo Rodrigues Pantoja Júnior

A democracia brasileira ainda engatinha quando o assunto é participação cidadã. Para muitos, ela se resume a apertar alguns botões na urna a cada quatro anos. Mas é aí que entram as Escolas do Legislativo: espaços que ensinam, de forma prática, que política não é só voto, é também acompanhamento, fiscalização e diálogo com quem nos representa.


ree

Essas escolas nasceram como uma resposta institucional a uma necessidade antiga: aproximar o Parlamento da sociedade. Elas não são simples departamentos de treinamento de servidores, mas plataformas de educação política. Ao promover cursos, debates e programas voltados a estudantes, lideranças comunitárias e cidadãos comuns, cumprem um papel essencial — transformam a política em algo compreensível e acessível.


No cenário atual, em que a desinformação se espalha mais rápido que propostas de lei, a educação legislativa é um antídoto. Ela mostra que cidadania não se exerce apenas com críticas nas redes sociais, mas com participação real, consciente e fundamentada.


Mais do que uma formalidade, as Escolas do Legislativo são estratégias parlamentares de sobrevivência da democracia. Ao abrir suas portas, os Legislativos demonstram transparência, geram confiança e se reconectam com o cidadão comum — aquele que, em geral, se sente distante ou até mesmo traído pelo sistema político.


O papel dos vereadores na formação


A participação de vereadores nesse processo é decisiva. Não apenas porque eles são os agentes políticos diretamente ligados à vida cotidiana da população, mas porque formam o elo prático entre teoria e realidade.

Quando o vereador se envolve em programas de educação legislativa, ele:

  • Qualifica sua própria atuação parlamentar – entender melhor o processo legislativo, gestão pública e instrumentos de fiscalização fortalece seu trabalho diário.

  • Ganha legitimidade junto à sociedade – ao participar de oficinas, cursos ou palestras, mostra que também está em constante aprendizado, quebrando a imagem de que “político já sabe tudo”.

  • Aproxima-se da comunidade – quando um parlamentar se engaja na formação, ele leva o conhecimento para dentro de sua base eleitoral e estimula cidadãos a também ocuparem espaços de participação.

  • Fortalece a democracia local – quanto mais preparado o vereador, mais qualificado será o debate e mais consistentes serão as leis e políticas aprovadas.


Em resumo: formar vereadores é formar a democracia municipal. São eles que estão na linha de frente do contato com o cidadão, por isso sua participação ativa nas Escolas do Legislativo não é só recomendável – é estratégica para a construção de uma cidadania viva e atuante.

Em resumo, se quisermos um Brasil com instituições fortes, precisamos investir não só em infraestrutura ou tecnologia, mas em algo ainda mais estratégico: formar cidadãos e representantes preparados para viver e defender a democracia.

 
 
 

Comentários


bottom of page